A CIDADE DE CORINTO.

 

A CIDADE DE CORINTO.

 


Paulo foi a Corinto por volta de 50 d.C. para iniciar uma campanha missionária de 18 meses nas casas. Ele se encontrava em um próspero centro comercial. Tanto o tráfego por terra como pelo mar convergiam para Corinto. A cidade foi construída sobre um estreito desfiladeiro de terra que unia o norte e o sul da Grécia. Todo o tráfego do norte para o sul era afunilado através de uma estreita faixa de terra domina­da por Corinto. Além disso, Corinto tinha instalações portuárias naturais e uma locali­zação estratégica que a tornou um próspero centro de navegação. A maior parte do tráfego norte-sul vinha para a cidade para economizar tempo, ou para evitar uma viagem longa e perigosa perto das águas traiçoeiras do sul da Grécia. A carga podia ser carrega­da,  arrastada através  dos  seis quilômetros  e meio  do estreito  desfiladeiro  de terra, recarregada, e enviada em um tempo muito mais curto do que viajar por várias centenas de quilômetros perto do pico sul da Grécia.

 

Cerca de 200 anos antes de Paulo chegar a Corinto, um general romano chamado Lúcio Múmio havia pilhado e saqueado a cidade em 146 a.C. Em 46 a.C., Júlio Céskra reconstruiu como um posto militar avançado e como um centro comercial do império. A cidade atraía negociantes, vagabundos, caçadores de dotes e os que buscavam prazer. Um escritor descreve a população nas seguintes palavras:

 

"A gentalha do mundo estava lá... Canalhas que achavam a vida desconfortável em suas próprias cidades se dirigiam a Corinto. O porto agitado era notoriamente mais imoral do que qualquer outro no Império Romano; e esta tendência foi estimu¬lada por causa do templo de Vênus (Afrodite), a deusa sensual grega que ainda dominava a nova cidade romana".


Aqui Paulo outra vez enfrentou o pensamento grego, como havia feito em Atenas. Em Corinto, porém, “o intelecto grego não era dedicado à ciência, eloqüência ou literatura... mas era dado à luxúria aberta e efeminada”. O edifício mais destacado de Corinto era o templo de Vênus, “erigido em sua acrópole, e  colocado  no  alto,  acima  da cidade,  como representação  do  gosto  e  do  caráter  dos coríntios”. Em Corinto, o cristianismo entrou em contato “com toda aquela arte que se poderia arquitetar para o prazer da vida; com tudo o que foi adaptado para nutrir os hábitos da volúpia, com tudo que era refinado ou indecente, que poderia servir aos pra- zeres dos sentidos”.

 

Corinto era uma das mais “luxuriantes, efeminadas, ostentadoras e dissolutas cidades do mundo”. Era um lugar de imoralidade excepcional e licenciosi¬dade aberta que eram estimuladas pelo culto a Afrodite, com uma centena de prostitutas do templo. Escavações recentes descobriram 33 tavernas atrás de uma colunata de apenas 30 metros de extensão. A cidade continha um teatro com capacidade para 18.000 pessoas sentadas.


A depravação de Corinto era tão notória que o nome da cidade “tinha na verdade passado a fazer parte do vocabulário da língua grega; e a própria palavra ‘corintianizar’ significava ‘agir de forma leviana’  ” Hoje, exceto por sete colunas dóricas que ainda estão de pé, e algumas ruínas de alvenaria espalhadas, não há nada (além de entulho) que tenha restado desta cidade que fora tão orgulhosa. Ela possui um memorial perpé¬tuo nas cartas que o Apóstolo Paulo lhe escreveu. 


Todas as informações foram retiradas do Dicionário Bíblico Beacon da CPAD (Pg.235).

Francinaldo de Araujo Faustino dos Santos.





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